BENEFÍCIOS DO POSICIONAMENTO EM PRONO PARA RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS – UMA REVISÃO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
CURSO DE FISIOTERAPIA


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Roberta Gomes de Lima

Autores:
Mikaelen Rodrigues Batista1; Roberta Gomes de Lima¹; Suellen de Souza Gaspar¹; Tainá Martins Vasconcelos¹; Thyago Eurico Guimarães Kato1; Denilson Veras da Silva2

1Acadêmicos Finalistas do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO
2Fisioterapeuta Mestre; Docente do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO


RESUMO

Introdução: Por ser uma vida frágil, dependente e com cuidados intensivos, os recém-nascidos prematuros necessitam de uma equipe orientada para os devidos posicionamentos e cuidados que garantirão a diminuição do estresse fisiológico e motor. Vários estudos mostram que a posição prona, uma manobra relativamente simples, tem trago melhoras para a adaptação do recém-nascido, ela melhora a oxigenação arterial e pulmonar, auxilia na troca gasosa, aumenta o volume respiratório pulmonar, redistribui oxigênio, além disso, diminui os níveis de cortisol salivar o que causa a diminuição do estresse nos recém-nascidos. Objetivo: através de uma revisão de literatura, elucidar os benefícios da pronação de RNs, partindo da afirmativa de que a posição corporal na fisioterapia respiratória traz resultados eficazes. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando artigos científicos em português, publicados entre os anos de 2011 a 2021. Foram pesquisados nas bases de dados Google e Scielo, utilizando os descritores: prono, decúbito ventral, recém-nascidos e prematuros. Resultados: Depois de leitura de título e resumo foram selecionados 15 trabalhos que abordavam a posição prona desde o conhecimento, seus benefícios, riscos e técnicas de realização. Conclusão: Foi possível identificar que a posição prona é benéfica para os recém-nascidos prematuros, ela não causa, aparentemente, nenhum desconforto respiratório, instabilidade dinâmica ou estresse, ou seja, deve ser usada sempre que possível nas UTIs Neo Natal.

Palavras-chave: Posicionamento em prono; Recém-nascidos; Benefícios; Fisioterapia.

Introduction: Because it is a fragile, dependent and intensive care life, premature newborns need a team oriented towards the proper positioning and care that will guarantee the reduction of physiological and motor stress. Several studies show that the prone position, a relatively simple maneuver, brings improvements for the newborn\’s adaptation, it improves arterial and pulmonary oxygenation, aids in gas exchange, increases pulmonary respiratory volume, redistributes oxygen, and also decreases levels of salivary cortisol which causes a decrease in stress in newborns. Objective: Through a literature review, elucidate the benefits of pronation in NBs, based on the statement that body position in respiratory physiotherapy brings effective results. Methods: This is an integrative literature review, using scientific articles in Portuguese, published between the years 2011 to 2021. They were searched in Google and Scielo databases, using the descriptors: prone, prone, newborns and premature. Results: After reading the title and abstract, 15 papers were selected that addressed the prone position from knowledge, its benefits, risks and realization techniques. Conclusion: It was possible to identify that the prone position is beneficial for premature newborns, it does not apparently cause any respiratory discomfort, dynamic instability or stress, that is, it should be used whenever possible in the Neo-Natal ICUs.

Keywords: Prone positioning; Newborns; Benefits; Physiotherapy.

INTRODUÇÃO

Segundo a Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo, a cada ano nascem cerca de 135 milhões de crianças e, aproximadamente, 15 milhões são prematuras. No Brasil, na última pesquisa feita, no ano de 2018, dos três milhões de nascimento 11% foram prematuros e 5% morreram no período neonatal, sendo a maioria nos primeiros dias de vida.

Por ser uma vida frágil, dependente e com cuidados intensivos, os recém-nascidos prematuros necessitam de uma equipe orientada para os devidos posicionamentos e cuidados que garantirão a diminuição do estresse fisiológico e motor, não estar mais dentro do útero materno que lhe oferecia proteção das perturbações do meio externo, que lhe mantinha nutrido, controlava sua temperatura e seus sistemas de regulação hormonal lhe causa um sobrecarga sensorial que dificulta a adaptação extrauterina.

O posicionamento do corpo sempre traz benefícios, além de ser uma prática comum e necessária, pois os recém-nascidos não tem capacidade, ainda, de resistir à força gravitacional, manter o corpo alinhado ou manter uma posição que lhe agrade, os profissionais fisioterapeutas têm que estar atentos para isso, pois a posição é fundamental para o adequado desenvolvimento dos recém-nascidos.

Vários estudos mostram que a posição prona, uma manobra relativamente simples, tem trago melhoras para a adaptação do recém-nascido, ela melhora a oxigenação arterial e pulmonar, auxilia na troca gasosa, aumenta o volume respiratório pulmonar, redistribui oxigênio, além disso, diminui os níveis de cortisol salivar o que causa a diminuição do estresse nos recém-nascidos.

Sendo uma posição alternativa, a prono, provoca distribuição de sangue e ar, devido ao efeito gravitacional o que gera a descompressão do coração e do compartimento abdominal, ela também propicia o uso dos músculos extensores de cabeça, obriga a uma postura mais flexora e, por consequência, causa uma postura mais confortável em que o recém-nascido se acomoda e dorme mais e chora menos.

A mudança de decúbito é um método não invasivo e de baixo custo que causa melhoras no RN, mesmo daqueles mais prematuros, onde a postura propicia a alteração de trocas gasosas, menor variação na frequência cardíaca e menos apneia, ou seja, a melhora de toda a mecânica respiratória.

Por trazer muitos benefícios, os profissionais fisioterapeutas, que são responsáveis pela avaliação e prevenção cinético funcional, intervenções de tratamento, controle e aplicação de gases medicinais, ventilação pulmonar mecânica invasiva e não invasiva, entre outros, são procurados para empregar essa posição nos RNs, pautado sob muitos estudos, pensando também no desenvolvimento dos RNs, cabe ao profissional conhecer as técnicas, possibilitando um planejamento adequado para o tratamento, evitando erros e imprevistos no manejo do paciente.

Dessa forma, este estudo tem o objetivo de, através de uma revisão de literatura, elucidar os benefícios da pronação de RNs, partindo da afirmativa de que a posição corporal na fisioterapia respiratória traz resultados eficazes.

MÉTODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando artigos científicos em português, publicados entre os anos de 2011 a 2021. Foram pesquisados nas bases de dados Google e Scielo, utilizando os descritores: prono, decúbito ventral, recém-nascidos e prematuros.

A busca dos artigos resultou em 23 artigos do Google e 21 do Scielo, depois de leitura de título e resumo foram selecionados 15 trabalhos que abordavam a posição prona desde o conhecimento, seus benefícios, riscos e técnicas de realização.

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Figura 1 – Fluxograma do processo de inclusão dos artigos

RESULTADOS e DISCUSSÃO

O posicionamento é uma intervenção não invasiva que pode ser realizada com a intenção de auxiliar na auto-organização, má postura, alinhamento biomecânico e facilitar experiências sensório-motoras (SANTOS, 2020). Além disso, o posicionamento correto desde o nascimento fornece o desenvolvimento de postura adequada, desenvolve o esqueleto e controla vários estímulos, dá calma, regula comportamento, reduz incidências de anormalidades, e ainda contribui para reduzir alterações motoras após a alta hospitalar.

Todos esses benefícios são devidos ao posicionamento correto do recém-nascido, seja ele prematuro ou não, contudo há um posicionamento que é melhor para os recém-nascidos prematuros, a posição prona ou decúbito ventral.

Em seu estudo, Bejamim (2018) descreve que em 1974, houve uma sugestão de que pacientes anestesiados e paralisados, fossem colocados e posição prono, depois foi observado que essa posição ajudou a expansão do pulmão e melhorou a oxigenação, em 1976, outro estudo mostrou que pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SRDA) também obtiveram melhora de oxigenação ao fazer uso da posição em prono, mais tarde, em 1977, foi observado que a pressão parcial do oxigênio no sangue arterial (PaO2) também melhora se o paciente estiver em posição prono.

A posição em prono, ou decúbito ventral, é a mais viável para os bebês prematuros, segundo Toso (2015), “mesmo os bebês mais doentes podem ser colocados em decúbito ventral para facilitar a expansão pulmonar e melhorar a oxigenação”, essa posição é a predileta quando se trata de dar estabilidade fisiológica.

Em seu estudo, Bueno (2021) afirma que essa posição consiste em manter o suporte diafragmático e a caixa torácica estabilizados, através do contato da caixa torácica e do abdome com o leito, melhora a mobilidade de secreções, reexpande os alvéolos e redistribui a ventilação da região dorsal dos pulmões e diminui as chances de atelectasia.

Em seus achados, Santos (2020), afirma que a posição prona é o decúbito mais usado para normalização dos valores de frequência cardíaca e respiratória, também para aumentar a saturação, redução de dor, choro, nível de cortisol e estresse, além disso, é posicionamento mais utilizado em recém-nascidos prematuros.

Cândida et al (2014), em seu estudo piloto de intervenção, na UTI neonatal do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, estudou 16 recém-nascidos de 25 a 36 semanas, estáveis, parâmetros fisiológicos normais, mostrou que na posição prona o nível de cortisol salivar diminui significativamente, essa postura, também, faz com que os comportamentos indicativos de estresse diminuam, o autor também observou a diminuição/melhora da frequência respiratória, aspectos como frequência cardíaca, temperatura e saturação do oxigênio não sofreram alterações, contudo o autor reforça que a posição em prono é segura.

Para Queiroz et al (2017), que fez seu estudo intervenção na UTIN do Hospital do Açúcar em Maceió/Alagoas, com a amostra de 20 recém-nascidos prematuros, estáveis, com dor, agitação, choro excessivo e dificuldade para dormir profundamente, foram observados sinais vitais como: dor, frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial média, saturação de oxigênio e temperatura corporal. Os recém-nascidos ficaram na posição em prono por 40 minutos, foram também utilizadas almofadas em forma de rolos para elevar o tórax melhorar a dinâmica diafragmática, colocou-se a cabeça lateralizada e alinhada ao tronco, os membros inferiores e superiores foram posicionados em flexão e as mãos próximas à face. O estudo mostrou que foi observada a melhora da SaO2 e diminuição da dor, porém não foi observado diferença entre as outras variáveis.

No estudo de Cassia Malagoli (2012) os recém-nascidos foram postos em posição prono em cima de uma almofada em forma rolo, mantendo a caixa torácica e o abdome estáveis, o que tornou o abdome restrito durante a respiração, a cabeça foi posicionada para o lado direito, os membros superiores foram postos em abdução de 90º e rotação externa de ombros e flexão de, também, 90º para os cotovelos, isso resultou em aumento da SatO2 em 87% dos pacientes, neste estudo foi usado um corpus de 45 recém-nascidos prematuros.

Olmedo (2012) usou 20 recém-nascidos prematuros, com idade gestacional variando entre 24 a 37 semanas, da Unidade Intermediária do Hospital Universitário de Mato Grosso do Sul, os neonatos foram posicionados por 60 minutos durante três dias, com a incubadora aquecida usavam somente fralda, também usaram uma sustentação toracoabdominal para dar estabilização mecânica respiratória, foram verificadas a frequência cardíaca e respiratória, e também a saturação. Não houve diferença significativa durante as verificações, que foram feitas duas vezes, o que mostra não haver efeito acumulativo da terapia, contudo ocorreram melhoras na mecânica pulmonar e diminuição das assicronias toracoabdominais, isso ocorre, pois há a estabilização das costelas, melhor incursão diafragmática, descompressão e reexpansão alveolar.

Para Gomes et al (2018), a posição prona aumenta a atividade parassimpática, os autores constaram isso depois de fazer um estudo com 50 recém-nascidos prematuros, onde constataram que há maior atividade parassimpática na posição prona, houve também a redução da complexidade dos ajustes autonômicos que, no ponto de vista fisiológico, é positivo para os recém-nascidos prematuros, além disso, o comportamento de estresse diminui devido à baixa estimulação visual.

No estudo quase experimental de Morsch et al (2017), realizado na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) da FHSTE com 12 recém-nascidos prematuros que, quando colocados em posição prono, apresentaram diminuição da frequência cardíaca e respiratória e aumento na saturação, isso aconteceu em 80% dos recém-nascidos prematuros, essa melhora pode ser atribuída a mecanismos isolados ou associados como: diminuição dos agentes que ajudam para o colabamento alveolar, redistribuição da ventilação alveolar e da perfusão.

Guedes (2018) fez um relato de caso de um recém-nascido prematuro de 28 semanas, o prematuro foi mudado da posição em decúbito dorsal para a posição prona, o que manteve o sono, melhorou a incursão diafragmática, melhora da oxigenação e frequência cardíaca normal, melhora do quadro ventilatório e instabilidade hemodinâmica.

Tabela 1 – Benefícios do posicionamento em prono para recém-nascidos prematuros

AUTOR(ES)TIPO DE ESTUDOOBJETIVORESULTADO
BENJAMIN, Marjorie França; SANTOS, Aline Da Conceição; SALVADOR, Alyne Chubert; JORGE, Marcílio Abraços. (2018)Revisão de literaturaApresentar o que é a posição prona e seus riscos e benefíciosPode-se então afirmar que com o posicionamento ventral a distribuição do ar e sangue é liberada devido ao efeito gravitacional ocasionando o alívio do colapso e descompressão do coração e compartimento abdominal trazendo benefícios ao paciente, contudo, a posição também apresenta riscos no qual cabe ser avaliada a real necessidade do procedimento.
BUENO, Renata Baptista; SILVA, Luciano Damião Xavier da; VITTI, Jéssica Delamuta; JÚNIOR, Nelson Francisco Serrão. (2021)Revisão narrativa de literaturaAnalisar a eficácia do uso da ventilação mecânica associada à posição prona em lactentes com bronquiolite viral aguda.Foi possível constatar a eficácia da posição prona associada à ventilação mecânica em lactantes e com bronquiolite viral aguda, melhorando tanto a eficácia respiratória quanto cardíaca, diminuindo o tempo de suporte ventilatório no lactente.
CANDIDA, Maria Fernanda; et al. (2013)Estudo piloto de intervençãoAvaliar a influência da postura em prona sobre o estresse no recém-nascido prematuro por meio da dosagem do cortisol salivar e da avaliação das respostas fisiológicas e comportamen­tais, antes e após o posicionamento.Durante o posicionamento, seis recém-nascidos estavam em ar am­biente e os demais recebiam oxigênio suplementar. A mediana dos níveis de cortisol salivar foi menor durante o posicionamento em prona comparativa­mente ao basal (0,13 e 0,20; p=0,003), assim como a do escore de sono de Bra­zelton (p=0,02). A média da frequência respiratória foi menor após a intervenção (54,88±7,15 e 60±7,59; p=0,0004). As demais variáveis analisadas não apresen­taram variação significativa.
DE CÁSSIA MALAGOLI, Rita; FAGUNDES A. SANTOS, Fabiana; ARAÚJO OLIVEIRA, Eduardo; BOUZADA, Maria Cândida F.(2012)Estudo transversalVerificar a influência do posicionamento do recém-nascido prematuro sobre a força da musculatura respiratória, oxigenação e frequência respiratória.Foram estudadas 45 crianças com síndrome do desconforto respiratório. A idade gestacional média foi de 30,4 semanas e o peso médio ao nascer de 1522g. Os valores de saturação de oxigênio foram mais elevados (p<0,001) e os de pressão inspiratória máxima mais baixos (p<0,001) na posição prona. Os valores de frequência respiratória foram semelhantes nas duas posições estudadas (p=0,072).
DOURADO, Flávia Pinheiro; OLIVEIRA, Nayara Rodrigues Gomes de; CAMPOS, Iara Regina Marcelino. (2013)Revisão estrutural da literaturaIdentificar as vantagens da posição prona na melhora da função respiratória do recém- nascido prematuro.Foram encontrados 20 artigos contendo o decúbito ventral como protocolo na melhora da função respiratória, porém apenas 10 foram incluídos na pesquisa, pois foram realizados com RNPT. Na maioria dos estudos os neonatos estavam em ventilação mecânica.
GOMES, Evelim Leal de Freitas Dantas; et al. (2018)Estudo quase-experimental.Avaliar as respostas fisiológicas e do sistema nervoso autônomo de recém-nascidos prematuros ao posicionamento do corpo e ruídos ambientais na unidade de terapia intensiva neonatal.A posição prona e a posição com restrição manual aumentaram tanto a atividade parassimpática quanto a complexidade dos ajustes autonômicos em comparação com a posição supina, mesmo na presença de ruído ambiental maior do que o nível recomendado, o que tende a aumentar a atividade simpática.

GUEDES, Bruno Thadeu Alvim (2018)

Relato de caso

Avaliar os efeitos benéficos da posição prona no padrão ventilatório e na oxigenação no Recém-nascido (RN) Pré-Termo.
Após examinar o RN, foi realizada aspiração em vias aéreas superiores, contendo secreção +++/4+ semi-espessa esbranquiçada. Durante as condutas realizadas alterou-se a FiO2para 0,35, com o objetivo de se manter SatO2 acima de 90%. O RN se manteve estável no momento e após os procedimentos realizados. Ao final do atendimento foi realizado reposicionamento do RN de supino para prono. Em prono, o RN manteve-se em sono profundo, com melhor incursão diafragmática, SatO2 = 98% (com FiO2 = 0.21) e frequência cardíaca de 150bpm.
MANFREDINI, Geruza Maria Silva Gonçalves; MACHADO, Regimar Carla; MANTOVANI, Renata. (2013)
Estudo descritivo, exploratório,
Analisar o conhecimento dos enfermeiros acerca da assistência de enfermagem ao paciente com diagnóstico de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo em posição PRONA.Para avaliar o conhecimento dos enfermeiros sobre SDRA e posição PRONA, criou-se uma variável << Conhecimento sobre SDRA e posição PRONA >>. Dos 18 enfermeiros entrevistados, dez (55,56%) receberam a nota Conhecimento Regular e oito (44,44%) receberam a nota Conhecimento Bom.
MATSUNO, Alessandra Kimie. (2012)Revisão da definiçãoAnalisar a fisiopatologia e o manejo das emergências respiratórias e da insuficiência respiratória aguda na criança, enfatizando os dispositivos mais adequados de liberação de oxigênio.As crianças são mais suscetíveis aos problemas respiratórios graves, sendo estes, causas importantes de procura pela sala de emergência em pediatria. O reconhecimento precoce e o início rápido de tratamento são pontos fundamentais para o melhor desfecho desses pacientes.
MORSCH, Ana Lucia Bernardo de Carvalho; Et al. (2017)Relato de caso
Verificar os efeitos da uti­lização da posição prona na frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação periférica de oxigênio em prematuros submetidos a um protocolo de posicionamento.
Foram estudados 12 neonatos pré-termo internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) da Fundação Hospitalar Santa Terezinha (FHST), os quais participaram de um protocolo de verificação da FC, FR e SatO2 em posição supina, seguido por 30 minutos em posição prona, retornando à posição inicial durante 10 minutos. Foi demonstrado que houve diferença estatisticamente significativa em todas as variáveis, comparando os resultados obtidos somente entre a posição prona e os obtidos na posição em que o neonato se encontrava inicialmente (supina).

OLMEDO, Maiara Dantas; Et al. (2012)
Estudo de intervenção
Avaliar e comparar as respostas fisiológicas entre o MMC e a posição pro­na (PP), em recém-nascidos pré-termo (RNPT).
No grupo PP, a FR aferida antes foi significativamente maior do que a aferida após a intervenção, nos 1º e 3º dias (p<0,0001; p<0,006); enquanto que, no MMC, a FR apresentou di­ferença significativa somente no 3º dia (p<0,006). A FC apresentou redução entre os momentos no 3º dia, nos grupos PP (p<0,02) e no MMC (p<0,04). No grupo PP, a variável SatO2 apresentou significativo aumento nos 1º (p<0,02) e 3º dias (p<0,02), entre os momentos de coleta, e no 3º dia do MMC (p<0,04). Não foram ob­servadas alterações na FR, FC, T e SatO2 com a aplica­ção do MMC e PP, não havendo melhor desempenho em relação aos grupos. Observamos diminuição da FR após a aplicação do MMC e PP em momentos isolados e aumento da SatO2 no 3º dia após o MMC.
QUEIROZ, Claudenilksan Margarida Borges de; et al. (2017)
Pesquisa intervencionista

Verif icar a utilização das redes de descanso e do posicionamento em prono no alívio da dor e no comportamento dos sinais vitais em recém-nascidos pré-termo (RCPT)
Ao comparar os valores iniciais e finais para cada variável entre as intervenções prono e redes de descanso, foi observada melhora significativa nos sinais vitais e na dor em ambos os posicionamentos, mas não houve significância estatística (p > 0,05) entre as intervenções, indicando que as mesmas causaram alterações semelhantes nos recém-nascidos.
SANTOS, Beatriz Daniela Tomimatsu. (2020)Revisão de literaturaElencar os benefícios do posicionamento terapêutico em recém-nascidos prematuros em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.Foram achado 594 artigos na base de dados, sendo 9 selecionados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão.
TOSO, Beatriz Rosana Gonçalves de Oliveira. Et al. (2015)Estudo metodológicoVerificar as indicações de posicionamento dos recém-nascidos (RN) e construir um protocolo de procedimento operacional padrão (POP) para posicionamento de RN em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).Apresentam-se os resultados dessa validação na forma de protocolo, para contribuir com a discussão sobre o posicionamento do RN na UTIN e padronização da assistência de enfermagem relacionada ao posicionamento. Foram avaliados dez indicadores, em sete dos quais houve concordância de 100,0% e, em três, de 80%, acima dos 60% preconizados pela técnica de validação.
Fonte: Próprio autor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi possível identificar que a posição prona é benéfica para os recém-nascidos prematuros, ela não causa, aparentemente, nenhum desconforto respiratório, instabilidade dinâmica ou estresse, ou seja, deve ser usada sempre que possível nas UTIs Neonatal.

Como vários outros estudos, neste há limitações, como são poucos os relatos sobre este tema, fica sugerido que haja a continuidade dele, pois é de grande importância não somente para a área da fisioterapia, mas também para todas as áreas da saúde.

REFERÊNCIAS

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BUENO, Renata Baptista. A utilização da posição prona no recém-nascido pré-termo e lactente submetido à ventilação mecânica em casos de bronquiolite viral aguda. Research, Society and Development, v. 10, n. 8, e5610816705, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i8.16705.

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DE CÁSSIA MALAGOLI, Rita. Et al. Influência da posição prona na oxigenação, frequência respiratória e na força muscular nos recém-nascidos pré-termo em desmame da ventilação mecânica. Revista Paulista de Pediatria, vol. 30, núm. 2, 2012, pp. 251-256 Sociedade de Pediatria de São Paulo. São Paulo, Brasil.

DOURADO, Flávia Pinheiro. OLIVEIRA, Nayara Rodrigues Gomes de. CAMPOS, Iara Regina Marcelino. Posicionamento de prono na melhora da função respiratória de recém-nascidos pré-termo: uma revisão da literatura. Revista Movimenta ISSN:1984-4298 2015;8(3):303-312.

GOMES, Evelim Leal de Freitas Dantas. Et al. Respostas autonômicas de recém-nascidos prematuros ao posicionamento do corpo e ruídos ambientais na unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(3):296-302.

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